A Rússia
começa a definir uma nova trajetória política, agora voltada para a Ásia. Com base nisso, visitou recentemente a China
pretendendo reforçar a cooperação bilateral com esse país. Sendo que ambas
estão interessadas em reforçar as suas respectivas bases políticas.
Os
acontecimentos no mundo, especialmente a Primavera árabe foram interpretados
pela China como um modelo perigoso de intervenção externa o que torna o
desenvolvimento nacional sustentável cada vez mais dificultoso.
A aproximação entre esses dois
países se dá por vários motivos dentre eles:
1.
Equilíbrio estratégico global: A China acredita
que ao integrar o triângulo das superpotências (EUA-Rússia-China) as
possibilidades de mercados e parceiros aumentarão significativamente.
2.
Segurança regional: A Rússia é um dos únicos
países com o qual a China faz fronteira sem ter disputas territoriais. Porém,
com a ascensão chinesa a pressão americana é intensificada e a China deseja o
apoio da Rússia nesses conflitos mesmo que isso seja pouco provável visto que
Moscou procura manter-se neutra.
3.
Energia: No quesito fonte de energia confiável,
a China contava com os mercados globais.
Todavia, com o aumento das tensões na área internacional, a Rússia
mantem-se como única fonte de matérias-primas cujo fornecimento, no caso de
deterioração da situação, não pode ser bloqueado pela Marinha dos EUA.
4.
Governança global: Tanto a China quanto a Rússia
estão interessadas em enfraquecer o monopólio americano nos assuntos econômicos
globais.
5.
Estímulos para o desenvolvimento: A China, sendo
um país exportador, depende do ambiente externo e está constantemente em busca
de novos mercados. A aproximação política promoveria o reforço de tais contatos
entre os envolvidos.
Apesar de
algumas divergências entre estes países , a parceria russo-chinesa trará muito
benefícios principalmente da área econômica e de influência externa. Nela, A
Rússia terá de aprender a compensar sua fraqueza econômica relativamente à
China com habilidade política e experiência.
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