quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Relações diplomáticas entre China e Rússia

A Rússia começa a definir uma nova trajetória política, agora voltada para a Ásia.  Com base nisso, visitou recentemente a China pretendendo reforçar a cooperação bilateral com esse país. Sendo que ambas estão interessadas em reforçar as suas respectivas bases políticas.
Os acontecimentos no mundo, especialmente a Primavera árabe foram interpretados pela China como um modelo perigoso de intervenção externa o que torna o desenvolvimento nacional sustentável cada vez mais dificultoso.
A aproximação entre esses dois países se dá por vários motivos dentre eles:
1.       Equilíbrio estratégico global: A China acredita que ao integrar o triângulo das superpotências (EUA-Rússia-China) as possibilidades de mercados e parceiros aumentarão significativamente.
2.       Segurança regional: A Rússia é um dos únicos países com o qual a China faz fronteira sem ter disputas territoriais. Porém, com a ascensão chinesa a pressão americana é intensificada e a China deseja o apoio da Rússia nesses conflitos mesmo que isso seja pouco provável visto que Moscou procura manter-se neutra.
3.       Energia: No quesito fonte de energia confiável, a China contava com os mercados globais.  Todavia, com o aumento das tensões na área internacional, a Rússia mantem-se como única fonte de matérias-primas cujo fornecimento, no caso de deterioração da situação, não pode ser bloqueado pela Marinha dos EUA.
4.       Governança global: Tanto a China quanto a Rússia estão interessadas em enfraquecer o monopólio americano nos assuntos econômicos globais.
5.       Estímulos para o desenvolvimento: A China, sendo um país exportador, depende do ambiente externo e está constantemente em busca de novos mercados. A aproximação política promoveria o reforço de tais contatos entre os envolvidos.
Apesar de algumas divergências entre estes países , a parceria russo-chinesa trará muito benefícios principalmente da área econômica e de influência externa. Nela, A Rússia terá de aprender a compensar sua fraqueza econômica relativamente à China com habilidade política e experiência.



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