A
cultura da Rússia, cujas raízes remontam aos primeiros eslavos orientais, é
produto de uma sociedade etnia multiétnica, embora dominada pelo idioma russo e
pelo povo russo, que constitui a maioria da população. Os outros povos foram
aculturados mediante um processo de russificação, no qual foram utilizados
instrumentos legais, tais como o ucasse de Ems, um decreto do czar Alexandre II
da Rússia, firmado por ele durante suas férias na cidade de Bad Ems, Alemanha,
em 1876. Esse decreto proibia o uso da língua ucraniana na imprensa escrita,
exceto no caso de reimpressão de documentos antigos. O ucasse também proibia a
importação de publicações em ucraniano, bem como a representação teatral e o
ensino do ucraniano nas escolas.

Por volta de 1890, novas formas
de arte tiveram seu auge, com as vanguardas russas, que se desenvolveram por
algum tempo, já sob o regime soviético, até que o governo assumiu o controle de
toda atividade artística.
A
política cultural da URSS foi ambivalente: por um lado, motivada politicamente,
visava criar um povo exclusivamente "soviético", a partir da noção de
cultura soviética, sendo o realismo socialista a mais conhecida expressão dessa
diretriz; por outro lado, empreenderam-se campanhas de preservação das
diferentes culturas nacionais, com apoio às práticas folclóricas, além de que
cada etnia tinha seus próprios "grandes escritores autóctones".
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