quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Independência de Donbass

Com a anexação da península da Crimeia por parte da Rússia, Donbass (região das províncias separatistas da Ucrânia) seria mais uma perda de território. Com mais de 3 mil mortos, de acordo com a ONU, a Ucrânia já pagou um preço alto para manter Donbass. Se abdicar dessas províncias, essas mortes poderiam ser vistas como "em vão". Além de possuir grande riqueza de carvão e gás, é uma região importante para o abastecimento energético da Ucrânia.
Entretanto a Ucrânia não conseguirá recuperar por meios militares as regiões separatistas, isso se deve ao fato dos separatistas serem apoiados com equipamento militar pesado e combatentes provenientes da Rússia. O risco de um "congelamento" do conflito é grande porque isso é de interesse do presidente russo, Vladimir Putin.
Os ucranianos estão agora diante de um doloroso debate sobre o futuro da região de Donbass. O debate não começou agora. Já em julho de 2010, o escritor ucraniano Yuri Andrukhovych causou sensação ao afirmar que, se forças pró-ocidentais assumirem novamente o poder em Kiev, então "à Crimeia e a Donbass deve ser dada a oportunidade de se separar".
Crimeia e em Donbass seriam "parte de uma nação política russa" e a Ucrânia lhes seria "estranha e desinteressante". As regiões de maioria populacional pró-russa seria um freio para as pretensões da Ucrânia de se aproximar da Europa, tendo as suas pretensões completamente diferente das outras regiões da Ucrânia, devido grande parte da população ter suas origens ligadas à Russia.
O homem mais rico da Ucrânia, Akhmetov é industrial e ex-parlamentar. Em sua trajetória política, o magnata sempre se uniu a grupos alinhados com os russos. Pavel Gubarev, líder do movimento separatista República Popular de Donetsk, afirmou em maio que Akhmetov financiava os rebeldes na região. Contudo, o empresário chamou Gubarev de impostor e acusou os separatistas de estarem cometendo um genocídio.

 Além disso, em Mariupol, ele organizou uma milícia desarmada entre os trabalhadores de sua metalúrgica, para atuar ao lado da polícia e expulsar os rebeldes da cidade. . O magnata, embora se mantenha alinhado ideologicamente com os russos, é contra a independência da região de Donbas.

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